sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

PdC de Janeiro e Fevereiro de 2011

Partilhamos com alegria a experiência de 120 padres e seminaristas que, de 10 a 14 de janeiro último, na Mariápolis Ginetta, em São Paulo, participaram da Escola nacional. A motivação para esse encontro foi o fato de encontrarem na espiritualidade da unidade uma luz particular para sua vida e ministério. Além de alguns conteúdos aprofundados, relacionados ao tema da vontade de Deus, no final deste número de PdC, apresentamos algumas impressões colhidas por ocasião da conclusão deste encontro.

O sol e seus raios
Um grande painel preparado para essa ocasião, em forma de mosaico, apresentava o sol com os seus raios, imagem escolhida por Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares, para falar da vontade de Deus e seu plano de amor para cada pessoa e toda a humanidade. A frase extraída do Pai nosso: “Seja feita...”, resumia muito bem a temática dessa Escola. A vontade de Deus é a grande possibilidade que temos de responder com amor a todo amor recebido e nos realizar plenamente segundo o desígnio de nosso criador. Para isso é preciso ver em todos os acontecimentos a manifestação direta da vontade de Deus ou ao menos uma sua permissão, sempre para o nosso bem. No passado cheguei a considerar muito otimista a visão de mundo apresentada por Chiara Lubich, enquanto eu via a realidade com lentes mais escuras. Aos poucos fui me convencendo que sua visão era mais evangélica, convidando-nos a ver o mundo como Deus o vê.

O pai misericordioso
A figura do pai misericordioso apresentada por Jesus, seguramente nos impressiona a todos. Em primeirolugar por respeitar a vontade do filho mais novo e repartir com ele sua herança, permitindo que se distancie da casa paterna para uma aventura desvairada. Quem poderia imaginar que somente após esse percurso de distanciamento e de respeito à liberdade do filho o pai o recuperaria e o teria realmente próximo de seu coração?O filho pródigo chega verdadeiramente a conhecer seu pai e seu amor desmedido quando, depois de ter esbanjado seus bens, livremente retorna à casa e é acolhido como filho, não importando seus desmandos. Nós
também, aos poucos, vamos aprendendo que realmente nos aproximamos da porta da casa do Pai somente no despojamento e humildade e não na auto-suficiência do filho mais velho.
Apresentando-nos com essa atitude descobrimos que, da parte de Deus, essa porta sempre aberta, é pura gratuidade e verdadeiro amor.

A vontade de Deus é amor
Neste número de Perspectivas de Comunhão continuamos a aprofundar o 2º tema da Espiritualidade da unidade, que focaliza o chamado a realizar plenamente a vontade de Deus, nossa grande chance de nos tornarmos verdadeiramente pessoas, através de nossa resposta positiva ao amor de Deus que descobrimos pessoalmente.

A criança evangélica
Jesus apresenta a seus discípulos a figura da criança como modelo de confiança plena no amor de Deus. A criança, porque acredita no amor de seus pais, aceita suas orientações com grande facilidade e se sente segura de ser constantemente amparada por eles.
Na medida em que passarmos a ver toda a realidade com o olhar de Deus e nos abandonarmos ao seu amor, realizar a vontade de Deus será o ato mais natural e inteligente que podemos fazer. Isso não será um peso para nós, mas um dever de gratidão a nosso Pai que nos criou e nos guia constantemente para que tudo concorra para o nosso bem.

Padre Antonio Capelesso

Nenhum comentário:

Postar um comentário