quinta-feira, 6 de maio de 2010

Revista Perspectivas de Comunhão



Como sabemos, o Concílio Vaticano II assinalou a passagem de uma espiritualidade eminentemente pessoal-individual para uma espiritualidade comunitária. Durante séculos, também na formação presbiteral, como em toda a vida espiritual, priorizou-se apenas a relação vertical: “eu e meu relacionamento com Deus”, sem acentuar suficientemente a dimensão comunitária da vida cristã. Contudo, para que esta mudança se concretize em nossa vida cristã, gerando um novo tipo de relacionamentos entre nós, em que o irmão não é visto como um empecilho, mas como caminho para a comunhão com Deus, é necessário percorrer uma longa estrada.
É importante destacar com alegria, que o mesmo Espírito de Deus que falou pelo Concílio doou à sua Igreja novos carismas, nos quais já podemos encontrar uma concretização da espiritualidade de comunhão que responde às necessidades de nosso tempo. A Igreja é chamada a ser entre os homens o sinal e a concretização da unidade e dos relacionamentos vividos no seio da Santíssima Trindade. Nesta Igreja não se entende mais o padre senão como o homem do diálogo e a pessoa capaz de relacionamentos autênticos, que geram a vida de família e a autêntica comunhão. Além disso, o Magistério da Igreja a' rma que o ministério presbiteral só tem sentido como obra comunitária, como expressão de autêntica vida de presbitério, em plena comunhão com o respectivo bispo.
Os artigos que apresentaremos a seguir desejam contribuir para que nossos relacionamentos interpessoais, em conformidade com nossa realidade ontológica de imagem e semelhança de Deus, nos ajudem a fazer da Igreja a “Casa e a Escola de comunhão” (cf. NMI 43).



Padre Antonio Capelesso - Editorial Revista "Perspectivas de Comunhão" JanFev - 2010.






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